Soneto de Fidelidade

sábado, 21 de agosto de 2010

De tudo, ao meu amor serei atento


Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.



Quero vive-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou se contentamento.



E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angustia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama.



Eu possa me dizer do amor ( que tive ):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

0 comentários: